sábado, 22 de junho de 2013

Um corpo que cai de Alfred Hitchcock.

Com vergonha admito que fui com muita sede ao pote.
Como tendo uma quantia mensal para a compre de livros, resolvi fazer uma pequena exceção este mês. Comprei um filme. Que me custou doídos R$19,90. Era pelos críticos, o melhor filme de um de meus diretores preferidos, Alfred Hitchcock. Isso, já naquele instante, sem ler sinopse ou qualquer segunda opção, já me aguçou a curiosidade. Bobo eu. Comprei-o sem pensar duas vezes.
E devo dizer, em minha humilde opinião, que este é o pior filme de Alfred Hitchcock.


Bem, primeiro falarei da estória. Um detetive de policia chamado John Fergurson (James Stewart) se aposenta por ter fobia de alturas, descoberta após a morte de um companheiro de trabalho. Este detetive é chamado por um amigo para seguir sua esposa Madeleine Elster (Kim Novak), uma mulher misteriosa com tendências suicidas que supostamente esta possuída por um espírito. Faz o serviço e se vê logo apaixonado pela moça, e assim esnobando a pobre e sem graça Midge (Barbara Bel Gueddes), a vovó do Dallas.
 
Ao falar das atuações, devo dizer que na minha opinião, a única que se salva é a da Barbara Bel Gueddes, que deu personalidade e emoção à sua personagem que poderia ser muito bem uma simples coadjuvante sem importância, praticamente uma figurante.
Já a de James Stewart, seu personagem ficou insosso, e no final patético. obviamente não falarei do final pois TODOS os filmes merecem ser vistos. Porém no final, posso dizer que houve uma mudança drástica e inacreditávelmente irreal no personagem. Fora que acho que estou um pouco cansado de vê-lo em quase todos os filmes do Hitchcock!
Agora, a interpretação de Kim Novak é lamentável. Parecia que tentava seduzir todos, sem discriminar gênero, o tempo todo. Senti como se estivesse assistindo um filme com a Marilyn. Fora que a corriqueira frase, "Sexy sem sem vulgar", não se aplica à ela. É "vulgar sem ser sexy". Fazia carão o tempo todo, levantava as sobrancelhas e fazia uma boca de não-vou-falar-o-quê toda hora, um nojo.
Tipo assim:



























O filme praticamente inteiro, se prende ao detetive seguindo a Marilyn. Porém não pense você que será uma  perseguição com tiros e mortes misteriosas, chãos com manchas de sangue e cenas épicas de uma mulher sendo esfaqueada no banho. é literalmente seguindo de carro. indo de um lado para o outro e pistas falsas e estaca zero, com um pouco de sedução de quinta e romance sem graça.

Um pouco antes do final, há uma revelação bombástica que é realmente digna de Hitchcok! Porém ela é logo colocada de lado por um final bizarro e sem noção.

No total diria que é um filme que merece ser visto, principalmente pela atuação fantástica da Barbara bel Gueddes! Estou sendo sincero, é realmente muito boa. Vale 60% do filme. 20%  são para a direção impecável de Hitchcock,10% para a trilha sonora maravilhosa de Bernard Hermann e 10% pela época, pois sou simplesmente aficionado pelos anos de 1950 e 1960. Gosto das músicas, das obras, da arte, da moda (quando digo moda me refiro à como as pessoas, homens e mulheres, se vestiam, a decoração das casas etc...).

É isso, espero que tenham gostado da resenha, com certeza é um filme que merece ser visto e discutido!

Dados Técnicos:
Gênero: Suspense
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Alec Coppel e Samuel Taylor
Música: Bernard Hermann
Elenco: James Stewart, Kim Novak,
Barbara Bel Gueddes, Tom Helmore e
Henry Jones.
Ano:1958



Tchau e até a próxima :).

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